Narrador: E aconteceu que o rei Nabucodonozor, fez uma estátua de ouro, e levantou-a no campo de Dura, na Província de Babilônia. E o rei mandou reunir os prefeitos, os presidentes, os juízos, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais, e todos os governadores das províncias, para que viessem à consagração da estátua. Todos estavam em pé diante da estátua. E o rei ordenou que os arautos, apregoassem em todo o reino, o seguinte edital.
Arauto: Ordena-s a vós, ó povos, nações e gente de todas as línguas, que quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonozor tem levantado. E qualquer que se não prostrar e não adorar, será lançado dentro da fornalha de fogo ardente.
Narrador: Portanto, no mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da música, prostraram-se e adoraram a estátua de ouro... Ora, alguns homens caldeus, vendo que os judeus não obedeciam ao decreto, chegaram-se ao rei e os acusaram, dizendo:
Rei: Que quereis na sala do trono?
Caldeu 1: Ó rei, vive eternamente. Tu, ó rei fizeste um decreto pelo qual todo homem que ouvisse o som de toda sorte de música, se prostraria e adoraria a estátua de ouro, e qualquer que se não prostrar-se e adorasse seria lançado dentro da fornalha de fogo ardente.
Rei: Sim, mandei apregoar este decreto por todo o reino.
Caldeus 2: Há uns homens judeus, ó rei, que tu constituísse sobre os negócios da província da Babilônia, Sadraque, Mesaque e Abedenego, que não obedeceram eo teu decreto.
Rei: Como assim?
Caldeus 2: A teus não servem, nem a estátua de ouro que levantaste adoram.
Observação: E o rei Nabucodonozor ficou irado e mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abedenego.
Rei: Pois que tais homens sejam trazidos a minha presença.
Observação: E trazem os homens perante o rei.
Os três: Ó rei, vive eternamente.
Rei: É de propósito, ó Sadraque, mesaque e Abedenego, que vós não servis aos meus deuses, nem adorarias a estátua de ouro que levantei? Agora, pois, estais prontos, quando ouvirdes o som da música, para vos prostrardes e adorardes, a estátua que fiz, bom é, mas se não a adorardes, sereis lançados na fornalha de fogo ardente. E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas bênçãos.
Sadraque: Não necessitamos de te responder sobre este negócio.
Mesaque: Eis que o nosso deus, a quem servimos é que nos pode livrar. Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e da tua mão, ó rei.
Abede-nego: E se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.
Rei: O que? Pois que ousai desafiar-me deste modo, morrereis então na fornalha de fogo ardente. Que o fogo seja aquecido sete vezes mais do que se costuma aquecer. E os homens mais fortes do meu exército, amarrem estes homens e os atirem imediatamente dentro da fornalha ardente. Cumpra-se a minha ordem.
Observação: Depois de lançar os três jovens, os soldados caem no chão, por causa da temperatura do fogo. O rei curioso levanta para olhar, se espanta e fala aos capitães.
Rei: Não lançamos nós, três homens atados dentro do fogo?
Capitães: É verdade, ó rei.
Rei: Eu porém vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo. Estais vendo também?
Capitães: É verdade é rei.
Rei: Eles não se queimam, e o aspecto do aspecto do quarto é semelhante ao Filho dos Deuses...nunca vi coisa igual! Sadraque, Mesaque e Abede-nego, servos do Deus Altíssimo, sai e vinde.
Capitães: Oh!
Observação: Juntam-se ao sátrapas, os prefeitos, os presidentes e os capitães do rei. Ficam a observar os três jovens, seus corpos, cabelos, suas capas e não encontraram nada queimado, nem cheiro de fogo. Ficam temerosos e assustados olhando para os jovens e comentando sobre tal maravilha.
Narrador: E ajuntaram-se os sátrapas, os prefeitos, os presidentes e os capitães do rei, contemplando estes homens e viram que o fogo não tinha tido poder algum sobre os seus corpos, nem um só cabelo da sua cabeça se tinha queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles. Então, cheio do mais profundo temor, diante de tão grande maravilha o rei, Nabucodonozor.
Rei: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-nego, que enviou o seu Anjo e livrou os seus servos que confiaram nEle, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar seus corpos, para que não servissem e nem adorassem algum outro deus, se não o seu Deus... por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abedenego, seja despedaçado e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro Deus que possa livrar como este.
Narrador: As maravilhas de Deus, as manifestações de Deus, foram muitas e grandiosas ao tempo do rei Nabucodonozor. E Deus lhe concedeu muitas bênçãos e riquezas; Contudo, a fidelidade que os servos de Deus, Daniel, Ananias, Misael e Asarias mantiveram para com Deus, nem Nabucodonozor nem seus vassalos souberam cultivar. Como no mundo de hoje, os homens deixam de ser fiéis a Deus, correndo após outros deuses. Assim o fizeram Nabucodonozor e seus vassalos.
Adaptação – Mariano Siqueira
Postado em 06 de outubro de 2011
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